Definição: Comércio eletrônico ou e-commerce, ou venda não presencial que se estende até venda por telemarketing ou ainda comércio virtual, é um tipo de transação comercial feita especialmente através de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, um computador. Conceitua-se como o uso da comunicação eletrônica e digital, aplicada aos negócios, criando, alterando ou redefinindo valores entre organizações (B2B) ou entre estas e indivíduos (B2C), ou entre indivíduos (C2C), permeando a aquisição de bens, produtos ou serviços, terminando com a liquidação financeira por intermédio de meios de pagamento eletrônicos. O ato de vender ou comprar pela internet é em si um bom exemplo de comércio eletrônico. O mercado mundial está absorvendo o comércio eletrônico em grande escala. Muitos ramos da economia agora estão ligadas ao comércio eletrônico. Seus fundamentos estão baseados em segurança, criptografia, moedas e pagamentos eletrônicos. Ele ainda envolve pesquisa,desenvolvimento, marketing, propaganda, negociação, vendas e suporte. Através de conexões eletrônicas com clientes, fornecedores e distribuidores, o comércio eletrônico incrementa eficientemente as comunicações de negócio, para expandir a participação no mercado, e manter a viabilidade de longo prazo no ambiente de negócio.
Tipos de Ecommerce:
Existem basicamente sete tipos de “e-commerce” :
Business to Consumer (B2C)
Nesse ramo de e-commerce, a relação é estabelecida entre a organização (business) e o cliente(customer). Resumidamente, empresas online vendendo serviços e produtos para o cliente final.
Business to Business (B2B)
Consiste na relação de negócios entre empresas, como venda somente no atacado. Não existe a interação com cliente como pessoa física. Normalmente feito entre fabricantes e lojas.
Consumer to Consumer (C2C)
Este tipo de comércio eletrônico consiste na negociação entre duas pessoas físicas, normalmente estabelecida através de um intermediador, como os sites de leilão de produtos e afins.
Peer to Peer (P2P)
Consiste em pessoas compartilhando, normalmente de arquivos digitais , sem a necessidade do intermediador. Para isso ambas partes devem ter instalado um software que permita a busca e a posterior transferência dos arquivos. Este ramo de e-commerce possui baixíssimo retorno financeiro e muitas vezes é associado a pirataria e crimes virtuais.
m-Commerce
Esta definição é relativamente nova e consiste em estabelecer uma transação comercial com o uso de um dispositivo móvel (celular, smartphone, tablet,…). Devido ao aumento de venda e utilização desses dispositivos, a consolidação deste tipo de comércio é uma aposta para um futuro próximo.
s-commerce
Esta é a versão do comércio eletrônico que se preocupa com as redes sociais como forma de atrair e fidelizar o cliente, ou o e-commerce que faz uso da principal qualidade de uma rede social: o relacionamento entre pessoas, seja para opinião de um produto, divulgação de promoções, etc.
T-Commerce
Esta modalidade de comércio eletrônico faz uso da TV Digital como meio de se vender produtos para os telespectadores. O telespectador pode a qualquer momento do programa na TV comprar o produto que está sendo exibido, seja por débito direto no cartão de crédito ou estabelecimento de um contato direto com o vendedor.
Tendência E-commerce:
O acesso à internet não para de crescer. Seguindo essa realidade, as pessoas estão aderindo em ritmo acelerado às compras online, pois este modelo de comércio oferece vários benefícios para o cliente, sendo altamente reconhecido e aceito.
Conforme estudo realizado pelo Datafolha, os consumidores das classes C, D e E correspondem por 85% da população e 69% dos cartões de crédito. Esse consumidor emergente que está descobrindo o consumo pela internet, tem como característica tomar muito cuidado ao realizar suas compras, pois ainda existe certa desconfiança em relação a estes serviços online, ficando atento às propagandas bem feitas e principalmente o que está sendo falado nas mídias sociais, para se sentir confortável e confiante na hora de concretizar suas compras.
Estamos na era da comodidade, onde as pessoas podem buscar as informações que precisam, sem muito esforço. Portanto, os sites estruturados de forma simples e intuitiva, são mais acessados. Além disso, o e-consumidor prefere pesquisar nas redes sociais informações sobre os serviços e produtos que pretende consumir na internet, pois esses canais de comunicação possibilitam uma comunicação direta com a empresa e de forma bem clara, podendo mais rapidamente ter suas necessidades e problemas ouvidos e atendidos.
As oportunidades de negócios a serem explorados para conversão em vendas são muitos: o social commerce, ofertas por geolocalização, mobile commerce, publicidade móvel, lojas virtuais exclusivas, outlets dentro dos sites, além de novos serviços dentro dos canais de vendas que podem ampliar o consumo, como atendimento online para orientar o e-consumidor na hora da compra, visualização dos produtos pela webcam, vídeo do produto na página de detalhes, ferramentas que possam sugerir produtos alinhados ao que o cliente procura, entre outros diferenciais que tornarão o e-commerce ainda mais atraente.
Para aproveitar todo esse potencial do e-commerce brasileiro em 2012 e haver total consolidação, acredito que se faz necessário atentar para um ponto importantíssimo nesse processo, que é o da logística, uma vez que ainda existem questões a serem aperfeiçoadas em relação às entregas, entre elas o compromisso com os prazos. Outra questão muito importante é a comunicação com o e-consumidor, disponibilizar um contato direto via telefone, espaço para comentários, direcionamento para as redes sociais, responder com mais agilidade aos e-mails enviados à loja, ou seja atender ao cliente como se ele estivesse pertinho da sua loja, faz a diferença.
Processo de Pagamento:
Geralmente os meios de pagamentos de uma loja de e-commerce são os mesmos disponíveis para as lojas físicas:
Boleto Bancário: Integrado com seu banco, permite o pagamento online e offline e liberação do pedido mediante a efetivação do pagamento;
Transferência eletrônica: interação em ambiente seguro com bancos credenciados;
Financiamento: A integração de condições de financiamento junto a financeiras, liberação online;
Cartões de crédito: forma de pagamento mais comum, sendo cada vez mais segura, pois a integração deste sistema de pagamento é feita diretamente com a administradora para liberar a operação. As condições de parcelamento valem de acordo com a negociação com cada operadora.
Método de Segurança:
A certificação:
Uma questão central para o usuário é ter certeza de que ele está transacionando com a loja correta, ou seja, não está trocando informações com o clone de um site conhecido. Para isso, existe o processo de certificação, no qual empresas conhecidas como “autoridades certificadoras” desempenham papel semelhante ao do nosso velho e conhecido cartório de registro. Elas vão certificar a identidade do servidor, isto é, vão garantir aos visitantes de seu site que ele é realmente o que eles pensam que é. Existe um processo complexo de troca de chaves pública e privada por trás da certificação, mas o que o usuário vê é um selo que atesta a identidade do site e garante que ele está trocando informações com a empresa correta. Ao clicar no selo, o visitante pode conferir se os dados do certificado, como nome da empresa, endereço completo, URL, conferem com os do site que ele está visitando. A certificação pode ser obtida diretamente da autoridade certificadora, ou indiretamente pelo seu fornecedor de hospedagem, que vai estender essa facilidade a todos os sites hospedados em seu servidor. Essa é a situação mais comum, tendo em vista que uma certificação não é um investimento barato para uma pequena empresa.
A encriptação de dados:
A encriptação, ou cifração, é o uso de uma tecnologia de segurança que protege a privacidade das informações trocadas entre o site e o visitante. O sistema embaralha as informações de forma que, se um terceiro conseguir acesso aos dados, eles estarão truncados, não podendo, portanto, ser utilizados. De forma simplificada, o processo funciona da seguinte maneira: O visitante, ao preencher dados em formulários do site certificado, protegido por uma camada SSL (Secure Socket Layer), já recebeu do órgão emissor da certificação uma chave pública a qual o navegador utiliza para encriptar os dados e enviar de volta ao servidor. Este, munido de uma chave privada, decripta os dados para obter os dados digitados pelo visitante.
Segurança nas transações com cartão de crédito:
O cartão, que é o meio mais prático de pagamento no e-commerce, também é o que desperta maior receio por parte do consumidor on-line. O risco de expor os dados do cartão a terceiros é a grande preocupação de muitos clientes que, mesmo possuindo o cartão, preferem fazer pagamentos usando o boleto bancário, o que demanda mais trabalho para quem compra e para quem vende, além de resultar em maior demora na entrega da mercadoria adquirida. As administradoras de cartão vêm aprimorando os sistemas de segurança da informação no processo de pagamento on-line, de forma a tornar o uso do cartão o mais seguro possível, o que é plenamente justificável, uma vez que a segurança na Internet é fundamental para maior confiança do consumidor nas compras on-line e, conseqüentemente, para o lucro dessas empresas nesse novo canal de comercialização. Anteriormente, era um fator crítico de segurança o fato de as lojas virtuais armazenarem em seus sistemas o número do cartão dos clientes, visto que isso aumentava exponencialmente os riscos de acesso indevido a essa informação. Já no sistema atual, o número do cartão não fica em poder do lojista. O cliente digita o número e a data de validade de seu cartão através de uma interface segura com a administradora do cartão, e esses dados não são fornecidos à loja. Uma novidade, implantada recentemente pela operadora Visanet, é o chamado sistema VBV, que, no momento da compra, cria mais um patamar de segurança ao levar o comprador à página do banco emissor para autenticação por meio de uma senha. É provável que, da mesma forma que não temos um mundo 100% seguro, nunca tenhamos uma internet 100% segura. No entanto, se cada lojista se preocupar com a segurança de sua loja virtual e tomar medidas preventivas como as abordadas aqui, minimizará bastante os riscos, levando-os para um nível plenamente
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